domingo, 29 de junho de 2008

A Jangada e o Mar


Estive em Fortaleza na semana passada. Revivi paisagens belíssimas. A cidade cresce num ritmo frenético. Nesse aspecto, é bem diferente daquela que conheci há 18 anos atrás. "O mercado imobiliário está aquecido", revelam as manchetes de jornal. E, de fato, está. A cada esquina outdoors anunciam um novo condomínio de luxo.

Mas a cidade não é só beleza. É bom que se diga, antes que me acusem de difundir uma visão panglossiana, como se vivéssemos no melhor dos mundos possíveis. Fortaleza possui grandes contrastes sociais. Muitos bolsões de pobreza e algumas pequenas ilhas de prosperidade. Situação, de resto, comum às metrópoles brasileiras.

Apesar dessa situação, a cidade encanta turistas e visitantes. A natureza é generosa. O mar verde ensaia um extenso degradê. Céu e mar tingem a paisagem com cores fortes, marcantes. A brisa que sopra, constante, deixa a temperatura mais amena.O ar que você respira é ameno, tépido ar de maresia.

Confesso que fiquei particularmente encantado com uma cena típica de cartão-postal. Do alto do quarto de hotel onde estava hospedado divisei uma pequena jangada branca. Próxima à linha do horizonte, ela singrava o mar, tendo o céu azul e o sol como testemunhas. Era por volta das 16 horas.

Impossível não guardar essa visão na memória. Daí a pouco o sol começou a se por. Fui brindado com a visão de uma imensa bola de fogo alaranjada que se recolhia diligentemente. Era como se todo o esplender da natureza estivesse congelado naquele momento, num quadro singular. O que fazer diante de tanta beleza? Apenas duas coisas: reverenciar e agradecer.

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