terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Herman Hesse: para pensar


Herman Hesse (1877-1962) foi um escritor alemão de sucesso mundial.Isso no século XX. Até os anos 70, era muito lido, especialmente entre os jovens adeptos da chamada contracultura. Os hippies, da geração paz e amor. Escreveu obras de grande importância: "O Lobo da Estepe", "O Jogo das Contas de Vidro" e "Sidarta".

Na atualidade, fala-se pouco de Hesse, o que é uma injustiça. Sua obra é perene, sobrevive aos modismos. Pacifista, difundiu a cultura Oriental no Ocidente. Foi um pensador refinado. Um grande humanista e uma das figuras luminares das letras do século XX.

Para que se conheça um pouco de sua verve, transcrevo algumas frases que revelam centelhas do seu pensamento. Vale a pena reabilitar para os nossos jovens um escritor da estatura de Hesse, vencedor do Nobel de Literatura de 1946.

Deliciem-se com algumas de suas frases:

"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo".

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"O homem culto é apenas mais culto; nem sempre é mais inteligente que o homem simples".

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"A paz não é um estado primitivo paradisíaco, nem uma forma de convivência regulada pelo acordo. A paz é algo que não conhecemos, que apenas buscamos e imaginamos. A paz é um ideal".

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"Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido".

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"A sabedoria não pode ser transmitida. A sabedoria que um sábio tenta transmitir soa mais como loucura".

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"Quem é pequeno vê no maior apenas o que um pequeno é capaz de perceber".

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"Sem amor por si mesmo, o amor pelos outros também não é possível. O ódio por si mesmo é exactamente idêntico ao flagrante egoísmo e, no final, conduz ao mesmo isolamento cruel e ao mesmo desespero".

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"A alegria e o sofrimento são inseparáveis como compassos diferentes da mesma música".

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"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo".


Hermann Hesse

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